terça-feira, 31 de julho de 2012

Há coisas que não mudam

Já tinham passado uns bons tempos desde a última vez que te vi e continuas igual, com o cabelo despenteado mas ao mesmo tempo arranjado, com esse sorriso de menino maroto e um sorriso que só fazes para mim. Continuas com a mesma gargalhada, com as mesmas expressões, com o mesmo abraço e o mesmo jeito de fumar. Continuas com o olhar brilhante e com palavras inventadas.
Antes de te ver, quando o meu telemóvel tocou não sabia quem era. Atendi e quando ouvi que eras tu, que estavas cá e que me querias ver nem pensei duas vezes. Estava ansiosa, só queria ver-te e sentir que estava tudo igual. E estava. Já sabia que quando os nossos olhares se cruzassem tu ias rir e ias chamar o diminutivo de sempre, quando no fundo já devias saber que eu ia fazer o mesmo. Abraçaste-me e foi como se tivesse passado um dia desde a última vez que te vi. Sempre tivemos uma relação de melhores amigos e sempre tiveste a tendência de ser um irmão mais velho, sempre protector. E sabes que mais? Eu gosto disso.
Falamos das novidades nas nossas vidas e só conseguíamos sorrir. O tempo não passou pela nossa amizade e isso deixou-me feliz. 
Disseste que parecia uma mulher, que tinha uma postura mais adulta, que estavas orgulhoso de mim. Que tava toda gira. 
O pessoal que andava connosco apareceu, e a surpresa de me verem ali foi surpreendente. Senti-me bem recebida, como sempre fui, senti saudades de todos os tempos passados, senti que sentiam a minha falta. Falamos tanto, rimos tanto.
Sempre foste a pessoa que achei que melhor conduzia e até te disse que deixava conduzir o meu carro - ninguém o tinha feito, mesmo pedindo eu ficava reticente. Contigo não, mesmo sabendo que bateste na auto-estrada feito parvo a brincar às velocidades. Como um irmão mais velho, com um toque de pai, explicaste-me o problema da marcha-atrás que se resolvia carregando duas vezes na embraiagem (já me tinham dito há cinco minutos mas a maneira como o disseste foi tua, tive piada). Achaste piada ao carro e mais ainda a eu já conduzir.
Custou-me ir embora, só queria ter ficado contigo à conversa, rir, dar-te mil abraços e mil beijinhos.
És das melhores pessoas que conheço e vais ter sempre um lugar muito especial guardado num sítio ainda mais especial.
Quero-te mais vezes presente na minha vida. Agora que voltaste não te vou perder nunca. E que as promessas que fizemos, que selamos com um abraço, não desaparecam nunca.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ritmos # 15

Desaparecido & Rumba de Barcelona, Manu Chao. Gosto muito, infinitos mil. E mais um bocadinho.

1200 segundos por Lisboa # 3

Cada vez mais admiro as mulheres que conseguem cumprir esta missão quase impossível.
Pois bem, estou a trabalhar na Baixa-Chiado e sendo uma área tão cosmopolita, uma área tão histórica mas ao mesmo tempo comercial e empresarial. E as mulheres nos negócios?
Há todo um conjunto de tarefas a fazer antes de sair de casa e atenção que fazer tudo a tempo de chegar a horas ao trabalho e ainda fazê-lo de transportes públicos é surreal.
Custa-me ainda ter os olhos inchados do sono e ainda nem ver bem e espetar-lhes com base, anti olheiras, sombras, risco e ainda rímmel. Mas há pior. Saltos altos. Só de escrever isso senti os meus pés a latejar depois de 5 dias a sofrerem.
É das coisas que admiro e ao mesmo tempo não. A delicadeza a andar, a forma esguia como se afastam dos obstáculos, como correm, sobem e descem escadas como se estivessem descalças. Há coisas fantásticas. Este é o lado bom. Agora o lado da dor dispensava. 
Tem de ser, não só por eu gostar esteticamente mas porque o trabalho assim o obriga. Entretanto mandei as sabrinas para a reforma, é das piores coisas para andar e trabalhar, sente-se tudo nos pés. Horrível.
Agora que acabei o post penso: Que fútil. 
Ya ... um bocado.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

1200 segundos por Lisboa # 2

Ainda antes de conseguir sair da confusão do metro, em que todos andam aos encontrões e a correr, deparo-me sempre com a mesma situação e cada vez mais fervo.
Apanho o metro de manhã durante a hora de ponta e quando saio do trabalho é o mesmo carnaval. Ganhei o hábito de evitar as escadas rolantes, demoram mais tempo e vai sempre um repolho a estorvar. Ao inicio das escadas está sempre um homem, cabelo desgrenhado e pele escaldada, roupas esfiapadas e de copo estendido para dar uma moedinha. Ao fundo das escadas está outro, desta vez um homem que deve ter a volta de 30 anos, sempre com uma expressão abatida e tem dificuldades motoras - as invés de duas pernas tem duas próteses; o copo estendido também está sempre lá. 
Não tenho nada contra estarem lá, não sou preconceituosa porque o aspecto exterior não é o melhor ou porque têm um problema físico. Nada. O que me deixa a pensar é: Porquê? Porquê ficarem todo o dia sentados no edifício do metro à espera que caia uma moeda de um turista que ficou com pena? Porque é que não tentam mudar?
Atenção que não estou a falar de alto nem de cor. Ouvi uma senhora perguntar o porquê, a resposta a estas perguntas. Pois um deles respondeu que nunca ninguém daria trabalho a uma pessoa com menos capacidades motoras ... que a crise tá a dificultar a vida ... que uns dias até ganhavam uns bons trocos. Pois, secalhar tenho razão para ferver.
Se são só eles? Não. Desde o Rossio até ao Terreiro do Paço são sempre os mesmos, com o mesmo discurso, no mesmo sítio. 
Se fosse há uns tempos eu ficava com pena e com remorsos de não ter ajudado aqueles dois. E hoje? Hoje não. 



terça-feira, 17 de julho de 2012

Rebound What?


Depois de uma relação acabar, de se passar por aquele período em que se anda mais triste e com saudades, temos o dom de ver o lado positivo, mesmo em coisas banais.
Voltamos a estar mais bem dispostas, voltamos a achar piada a pequenos pormenores, sentimo-nos bem connosco e com o mundo que nos rodeia. Estamos com os amigos e esquecemos tudo, bebemos uns copos e a alegria flui, caímos na cama sem sentir o vazio tão fundo, tão real, tão presente.
Agora vem outro assunto, para uns mais delicado. Qual é o mal de estar com alguém?Alguém com quem não há compromisso, que só dura enquanto houver vontade de estar com o outro - e o outro connosco, onde não há obrigações nem sentimentos, onde não há justificações e com quem nos sentimos bem.
Rebound? Rebound sex? Rebound friend? Rebound thing?
Talvez é um passo para superar, não sei. É sentir que ainda mexemos com alguém, que conseguimos atrair interesse, em que pensamos "I (still) got the moves". Eleva alguma coisa em nós que não tem explicação, mas que sabe bem. Não acho que seja desdenhar de nós, de achar que somos umaporcariaporquefomospostasaumcanto. Nada disso, é um fogo novo que aparece, um sorriso maroto que se forma quando os olhares se cruzam. 
I like.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

A pior consequência



Todos nós fazemos escolhas e todas elas trazem consequências, umas boas e outras más.
Hoje vou dizer-te as más.
Sabes qual é a pior consequência das escolhas? O arrependimento.
Os dias vão passar, os teus sentimentos vão mudar e vais pensar no porquê de teres escolhido assim. Vais olhar em todas as direcções e vais encontrar um vazio. Terás pessoas a teu lado mas não aquela que procuras, vais sentir os olhares sobre ti mas nenhum como aquele que anseias. Irás sentir falar daquele toque conhecido. Daquelas conversas no escuro da noite, no meio do nada. Vais lamentar e pensar "Porquê?".
As fotografias captam um momento e guardam-no para mais tarde recordar porque o tempo não volta a trás, não pára, já não é real. Há uma tendência da raça humana que tentamos esquecer, mas que existe, só damos valor quando perdemos. 
Sentes isso agora? 
Quando sentires isso vais desejar sentir o aroma do amor de novo, a fragrância que ficava guardada na tua camisola depois de contarmos as estrelas, trocarmos confidências e selar tudo com um beijo. O som das palavras, da música, do coração, só é real no instante em que sai da alma. Depois, é memória.
 Por isso é que recordar é viver, mas dói. Relembrar magoa, volta a trazer a saudade. 
A saudade ...
Dizem que a saudade é a certeza que o passado valeu a pena. Sim, talvez, mas são memórias, não é presente e pode não ser futuro.
Vês? O arrependimento é a pior consequencia das nossas escolhas.

As Amantes do Verão # Sorteio

A Rita Cambim foi uma das patrocinadoras deste desafio e eu, que sempre achei que ganhar sorteios era coisa que não ia acontecer, fui uma contempladas e recebi uma carteira. Carteira, agulha e vhs? Sim, é possível.
Posso dizer que é um projecto original e inovador e agora que já ando com a minha carteira sempre atrás posso dizer que é de boa qualidade, bem feito, com atenção, pormenor e dedicação.


Podem ver mais aqui:
http://ritacambim.wix.com/k7vhs

quarta-feira, 11 de julho de 2012

As Amantes do Verão # 30



As Amantes do Verão # 29

Uma Paisagem para o Verão.


Paris.
Porquê Paris?
Gosto da cidade, gosto da cultura, gosto da confusão das ruas, de me sentir turista pelas novidades destes anos ausente, sentir o calor, passear. 


L'amour.

As Amantes do Verão # 28



O tema era "Sombras", e o que é que esta imagem tem haver com isso?
Tem e muito, é nas sombras que fica aquilo que nos preocupa. 
Então 'safuck.

As Amantes do Verão # 27


Os Óculos da Moda e do Verão


(É só a minha opinião mas ...) Big No No, não consigo gostar, não consigo.

As Amantes do Verão # 26

Outfit de Verão

O inconveniente de trabalhar nesta altura do ano é, além de não poder fazer da praia  habitat, roupa. Nada demasiado informal mas não demasiado formal. Maquilhagem simples, mas maquilhagem. Tem sido assim e eu gosto. Muito.